Economia
Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza econômica e exigirão monitoramento. A inflação global ainda se mantém resiliente e com isso,
os bancos centrais seguirão elevando os juros. As estimativas para o crescimento mundial de 2023 foram revisadas pelo FMI, passando de 2,9% no relatório de janeiro para
2,8% no relatório de abril e a expectativa de 2024 foi revisada de 3,1% para 3,0%, como resultado da política monetária contracionista.
No cenário doméstico, após expansão de 2,9% em 2022, este ano o PIB deverá registrar baixo crescimento, de 0,9%, refletindo a desaceleração da economia mundial e a
política monetária restritiva. Consumo das famílias e os serviços deverão continuar com melhor performance, impulsionados pela combinação de aumento do salário
mínimo, renegociações de dívidas, desoneração do IRPF e transferências governamentais. A desaceleração do crescimento deverá elevar a taxa de desemprego nos
próximos meses. A inflação embora desacelerando, ainda continuará acima da meta neste e no próximo ano, levando o Banco Central a manter a Selic em 13,75%, com
possibilidade de redução no quarto trimestre de 2023.
Comércio e Serviços
Em um cenário de baixo crescimento e juros altos, o comércio de produtos dependentes de crédito, como veículos, móveis, eletrodomésticos e material de construção, deve
seguir com fraco desempenho ao longo do ano. Os segmentos que dependem apenas de renda, como supermercados, farmácias e vestuário devem manter crescimento
moderado. Serviços seguem em recuperação robusta impulsionados pela retomada de atividades de lazer.
Indústria
A produção industrial registrou melhora em janeiro, porém ainda com crescimento baixo, de 0,3% sobre janeiro do ano passado. A indústria de modo geral, ainda recente o
cenário de falta de componentes e juros altos que inibem os investimentos.
Materiais de construção
As vendas registraram crescimento em janeiro, apoiadas no ganho real de renda das famílias, que contrabalanceou a política monetária contracionista. No entanto, as
vendas deverão continuar com baixa performance em razão dos juros elevados e da mudança de dinâmica do consumo, hoje mais voltado para serviços.
Imobiliário
Os lançamentos de imóveis residenciais no Brasil deverão continuar desacelerando, em razão dos elevados estoques de imóveis à venda. As vendas deverão continuar em
expansão, porém com crescimento mais moderado do que o registrado nos anos anteriores, como resultado das elevadas taxas de juros, que inibem o financiamento.
Autopeças
Em janeiro a produção de autopeças cresceu 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ao longo do ano o segmento deverá registrar recuperação, impulsionado
pela produção do setor automotivo – a Anfavea projeta crescimento de 2,2% para a produção de veículos leves e pesados.
Agronegócio
O PIB da agropecuária está estimado com forte crescimento este ano, uma alta de 7,0%, por conta da safra agrícola recorde.
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