Entenda neste artigo por que esse indicador financeiro é tão importante na gestão empresarial. A maioria das operações empresariais demandam capital de giro para financiamento das atividades. A existência de saldos de estoques e as vendas de produtos a prazo são os principais geradores de necessidade de capital de giro.
No balanço patrimonial, as contas ‘estoques’ e ‘contas a receber’ são chamadas de contas cíclicas do ativo circulante. Em contrapartida, as compras de materiais à prazo, o saldo de obrigações tributárias e as obrigações trabalhistas a pagar são financiadores espontâneos de capital de giro. Essas outras contas são chamadas de contas cíclicas do passivo circulante.
Se os termos acima não parecem tão claros pode ser um sinal de necessidade de aprofundar conhecimentos sobre Balanço Patrimonial, uma das demonstrações financeiras mais importantes na gestão de negócios. Calcular a necessidade de capital de giro através de análise de balanço ajuda entender se os empréstimos tomados pela empresa estão financiando o ciclo financeiro ou se estão sendo necessários por outros motivos.
Se o resultado for positivo indica que a empresa tem necessidade líquida de capital de giro e precisa escolher bem de onde e por quanto vai obter recursos financeiros para financiamento das atividades. Tomar empréstimos para financiamento das atividades precisa ser uma tarefa muito bem planejada e controlada, do contrário essa pode ser uma armadilha que prejudicará a lucratividade da empresa.
4 dicas que podem ajudar na redução da necessidade de capital de giro
1 – Renegociar redução dos prazos de recebimento das vendas com os clientes.
Quanto mais longo o prazo de recebimento das vendas, mais necessidade de capital de giro a empresa terá. Essa política comercial precisa ser bem planejada e negociada, pois afeta diretamente a necessidade de capital de giro. Ao contrário do que o senso comum mostra, geralmente, os fatores preço e prazo não são os mais determinantes para a decisão de realização de uma negociação entre empresas. Então é importante ter uma política comercial planejada e coerente para contribuir com a redução da necessidade de capital de giro. Em último caso, se realmente for necessário conceder prazos para recebimento das vendas, então é importante ter o custo do capital de giro na composição dos preços de venda.
2 – Reduzir estrategicamente saldos de estoques.
Forecast de vendas bem estruturado e PCP (planejamento e controle da produção) estratégico e eficaz contribuem para que a empresa mantenha saldos de estoques mais enxutos. É menos capital alocado em materiais e produtos; consome menos do fluxo de caixa operacional. A área de marketing & vendas precisa estar bem estruturada para ter programações de vendas consistentes. O departamento de PCP é responsável por fazer essa conexão entre comercial e produção.
3 – Renegociar aumento dos prazos de pagamento das compras com os fornecedores.
Pagar as compras a prazo alivia o fluxo de caixa. Proporciona tempo para produção e venda, antes de ter que liquidar as obrigações com fornecedores. Obviamente se faz necessário analisar também a questão econômica, nesse aspecto: por vezes o preço da compra à vista é vantajoso, mesmo tendo que buscar capital de terceiros para financiar essa necessidade de antecipar essa etapa do ciclo financeiro. É preciso comparar as compras a prazo e à vista.
4 – Reduzir estrategicamente os prazos de produção e movimentação logística.
Há diversas técnicas e metodologias relacionadas a otimização de processos para que os prazos de produção e armazenagem sejam mais curtos. Estoques com giro alto e prazos de armazemagem e produção curtos consomem menos capital de giro. É muito salutar aplicar essas melhorias de processos nas áreas operacionais das empresas. Essa abordagem reduz custos fixos dos negócios.
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