Análise Econômica Setorial Fevereiro 2025

Cenário Econômico e Setorial – Fevereiro 2025

Economia Internacional

O cenário internacional tornou-se ainda mais incerto com a imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre importações do México, Canadá e China. Os EUA aplicaram taxas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses, enquanto a China enfrenta uma tarifa adicional de 10%. Essa medida tem implicações significativas no comércio global e contribui para o fortalecimento contínuo do dólar.

Economia Nacional

Embora os primeiros meses do ano ainda tendam a apresentar desempenho aquecido, a economia brasileira deve enfrentar uma desaceleração do crescimento, principalmente no segundo semestre, refletindo os efeitos da elevação das taxas de juros, que deverão continuar subindo até meados do ano.

Indústria

Em 2024, a indústria registrou um crescimento difundido em diversos segmentos, impulsionado tanto pelo consumo quanto por investimentos em infraestrutura e modernização. Em 2025, com o aumento das taxas de juros, o crescimento da indústria deverá ser mais contido e concentrar-se principalmente em segmentos de bens não duráveis.

Comércio e Serviços

A melhora do emprego e da renda real da população impulsionou o crescimento do varejo em 2024, e o avanço dos investimentos sustentou o crescimento dos serviços. Em 2025, esses segmentos deverão continuar crescendo, porém em menor ritmo, refletindo a alta dos juros.

Agronegócio

A produção agrícola foi impactada negativamente em 2024 pelas condições climáticas adversas. Para 2025, as perspectivas são favoráveis, com recuperação na produção de grãos, que deverá alcançar um novo recorde.

Imobiliário

O segmento imobiliário cresceu em 2024, com destaque para os imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. Em 2025, a perspectiva é de continuidade da expansão, sustentada pelo emprego, porém com tendência de desaceleração, respondendo à elevação dos juros.

Materiais de Construção

As vendas de materiais para construção avançaram em 2024, impulsionadas pelo mercado de trabalho e pelo aumento das entregas de novos imóveis, o que gera a necessidade de complementação e adaptação desses imóveis. Para 2025, as entregas de novos imóveis ainda poderão sustentar as vendas de materiais, porém a tendência é de desaceleração.

Autopeças

A indústria de autopeças deverá continuar em expansão em 2025, favorecida pelas perspectivas positivas do setor automotivo. No entanto, o crescimento deve ser mais moderado do que o observado em 2024, quando o setor foi fortemente impulsionado pela recuperação da produção de caminhões.

Leite e Derivados

A demanda por lácteos permanece firme, mas a desaceleração econômica pode afetar o consumo. A oferta de leite deve aumentar, permitindo o recuo dos preços. No entanto, o dólar forte pressiona os custos de produção, limitando a redução dos preços dos derivados lácteos.

Móveis Planejados

A indústria de móveis planejados, especialmente os direcionados às classes média e alta, está sendo impulsionada pelo forte crescimento da entrega de imóveis de médio e alto padrão.

Refeições Coletivas

A desaceleração da economia, com menor crescimento da indústria e piora do emprego, pode afetar o negócio de refeições coletivas. Em 2024, os preços praticados nos restaurantes (alimentação fora do domicílio) subiram abaixo dos preços de alimentos e bebidas, sendo este um indício de aperto de margens nos estabelecimentos.

Suco de Uva e Suco de Laranja

A demanda por suco de uva e de laranja tende a continuar em expansão, refletindo a busca por hábitos saudáveis. Os custos com a matéria-prima (uva e laranja) para a produção de suco seguem elevados, refletindo a baixa oferta interna.

Metalurgia

A desaceleração da economia deverá resultar em um crescimento mais modesto para o setor metalúrgico. Os preços do aço iniciaram o ano em alta, e a persistência de um dólar forte poderá provocar novas elevações, impactando os custos.

Pecuária

Os preços do boi gordo podem se manter sustentados ao longo deste ano, impulsionados pela demanda robusta das exportações. No entanto, a desaceleração da economia pode resultar em um aumento do desemprego, o que, por sua vez, pode restringir o consumo de carne. Além disso, as previsões de um clima mais chuvoso para este ano podem levar os preços do boi a níveis mais baixos.

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