Economia
Internacional:
A inflação global segue com tendência de desaceleração, embora persistam desafios, como os impactos climáticos do El Niño e os desdobramentos dos conflitos geopolíticos. Em consonância com a política monetária restritiva, a perspectiva é de desaceleração do crescimento econômico mundial em 2024.
Nacional:
As expectativas favoráveis para a atividade econômica deste ano baseiam se essencialmente na safra agrícola recorde e no consumo das famílias, devendo fechar o ano com expansão de 2,9%. Para 2024, a perspectiva é de desaceleração do crescimento para 1,5%, refletindo a diminuição da dinâmica do emprego e a normalização da safra agrícola.
Comércio e Serviços
Com demanda concentrada em lazer e produtos menos dependentes de crédito, os segmentos de comércio e de serviços registraram melhor performance este ano, do que a indústria. Para o próximo ano, as estimativas são de retomada das vendas de bens duráveis e de continuidade de crescimento das vendas de bens não duráveis e de serviços, embora em ritmo moderado.
Indústria
A indústria de transformação teve um desempenho aquém das expectativas este ano, sendo influenciada pelo ambiente restritivo de crédito e pela baixa confiança dos empresários em investir.
Os setores mais dependentes de renda e a indústria extrativa apresentaram resultados mais favoráveis, ao passo que aqueles mais vinculados a crédito e investimento registraram desempenho menos satisfatório. Para o próximo ano, prevê se uma recuperação na indústria, impulsionada pelas perspectivas de taxas de juros mais baixas e pela retomada dos investimentos.
Materiais de construção
Este ano, as vendas de materiais de construção diminuíram, evidenciando a mudança na dinâmica do consumo, que se voltou mais para os serviços, especialmente os relacionados ao lazer.
Para 2024, prevê se uma retomada gradual, impulsionada pelos benefícios da redução das taxas de juros e pela recuperação do mercado imobiliário.
Imobiliário
Segmento imobiliário registrou baixa performance ao longo deste ano, impactado pelas elevadas taxas de juros. No próximo ano, a redução gradual das taxas de juros deverá estimular a retomada das vendas de imóveis, enquanto os lançamentos devem permanecer contidos como ajuste ao elevado estoque de novas unidades imobiliárias disponíveis.
Autopeças
Setor de autopeças foi impactado este ano pelo recuo da produção de caminhões e ônibus e pelo fraco desempenho da produção de automóveis. Para 2024, as expectativas são de melhora, refletindo a retomada dos investimentos e a redução das taxas de juros.
Agronegócio
O agronegócio foi o destaque de crescimento este ano, favorecido pela safra recorde de grãos e pela robusta expansão das exportações. Para o próximo ano, é esperada normalização da safra, mas ainda com contribuição positiva para a expansão econômica de 2024.
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